Consciência Negra: jornada em busca de representatividade

5 min | 19/11/2021 | Matéria

Consciência Negra: jornada em busca de representatividade

Novembro é o mês da Consciência Negra e o dia 20 é a data oficial brasileira, instituída em 2003, que promove a reflexão sobre a condição das pessoas negras nos dias de hoje, à luz das consequências históricas da escravidão no Brasil.

O dia 20 foi escolhido por ter sido a data em que Zumbi dos Palmares, maior líder da resistência à escravidão no período colonial, foi assassinado por forças governamentais.

Atualmente, as reflexões em torno da Consciência Negra vêm crescendo no Brasil e no mundo, com discussões cada vez mais amplas sobre temas como racismo, fim das desigualdades, diversidade e inclusão.

Na Sotreq não é diferente. Hoje, no Programa Diversidade da empresa, todo o plano de comunicação interna e externa está pautado na disseminação da cultura inclusiva e do respeito às diferenças. “Nisso está presente também um dos nossos valores, que é o respeito nas relações”, pontua a analista de recrutamento e seleção Tatiane Máximo. O programa conta agora com um treinamento de lideranças com foco em diversidade que tem a questão racial como uma das frentes de aprendizado.

O gerente de Marketing Alex Pereira, que é negro, acredita que o fato de a sociedade estar debatendo o assunto já promove um processo educativo muito importante. “Mas não pode se limitar apenas a isso. É preciso dar passos concretos em direção a ações de equidade para que se tenha mais representatividade”, diz.

Para ele, a educação foi o único caminho capaz de mudar sua história como pessoa negra, de origem simples e que vivenciou muitas situações de discriminação: “Ter acesso a políticas públicas e afirmativas foi fundamental para que eu pudesse enxergar um mundo de possibilidades, sonhar e lutar por elas”, ele conta.

“O fato de uma criança não conseguir se enxergar em pessoas que ocupam posições de destaque limita absurdamente os sonhos e perspectivas desse indivíduo. E isso tem um efeito destruidor a longo prazo. Aspirar uma vida melhor é condição essencial para gerar mobilidade social”, analisa.

Alex cumpre na Sotreq uma trajetória que começou no Ambiente Humano, teve passagem pela área de Estratégia e chegou à liderança do Marketing. “Por óbvio, nenhum desses movimentos tem qualquer relação com a cor da minha pele, mas seguramente pelas minhas entregas”, diz. “Por outro lado, acredito que o fato de ser um gestor preto ajude na melhor percepção de representatividade. Como toda empresa no Brasil, na Sotreq temos um reflexo do contexto estrutural do país. Mas o mais importante são as ações que a empresa tem feito para trabalhar a diversidade. Naturalmente, é o início de uma longa jornada”, avalia.

De fato, a jornada está começando, mas a Sotreq vem dando passos importantes. Os processos seletivos são inclusivos, assim como a comunicação para a diversidade foi adotada. “Neste momento está em curso uma ação de palestras com foco na diversidade e em como tornar o ambiente corporativo mais inclusivo, incluindo informações referentes a questões de raça”, diz Tatiane. “Nossos pilares têm sido estes: processos seletivos Inclusivos; treinamentos para líderes e colaboradores; e comunicação com foco na diversidade, sempre visando fomentar o respeito às diferenças. E vamos avançar mais”, avisa.

A quem vai participar dessa jornada junto com a Sotreq, que é também uma jornada do país e do mundo, Alex Pereira deixa uma mensagem: “Busque estudar, se capacitar, acessar redes de apoio, se inspire em bons profissionais e trabalhe duro. Todos que seguirem esse caminho conseguirão mudar de alguma forma a sua realidade. Os desafios são enormes, infelizmente nem todos partem do mesmo ponto de partida, mas que isso sirva de combustível para o impulso à frente”.

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