19 min | 29/09/2022 | Matéria
Os fertilizantes foliares podem ser a melhor solução para cultivos de vários hectares - mas é preciso garantir alguns pré-requisitos - confira!
A fertilização de lavouras é uma etapa fundamental para garantir o sucesso da produção. E o Brasil, cujo mais de 27% do PIB deriva do agro, que o diga: segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), nos últimos 23 anos, a importação do produto, sobretudo fertilizantes foliares, subiu 440%. Hoje, somos o quarto no ranking mundial de uso de fertilizantes, representando 8% do consumo do mundo todo.
Isso tem um impacto positivo, também, no mercado de pulverizadores: em grandes culturas, é imprescindível o uso de fertilizantes foliares, próprios para esse tipo de insumo agrícola.
Mas, será que você está usando corretamente este tipo de pulverização agrícola na sua lavoura?
Descubra hoje!
Pelo próprio termo, podemos imaginar que a adubação foliar se dá, principalmente, pelas… folhas. E a suposição está correta.
Esse modelo de adubação, diferente do tradicional, feito diretamente no solo, é considerado por muitos especialistas como o mais eficiente, uma vez que a absorção dos nutrientes pela planta é mais rápida.
A fertilização foliar é possível graças aos estômatos e cutículas das plantas, presentes em sua parte externa (e não apenas na folha em si). Para compreender melhor, precisamos de uma pequena aula de biologia:
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Quando a pulverizadora lança o fertilizante foliar no ar, ele repousa na superfície da planta, em "gotículas''. É nesse momento que ele entra em contato com os estômatos, responsáveis pela evapotranspiração. Quanto mais estômatos, maior a evapotranspiração.
Esse processo permite que o fertilizante foliar seja absorvido, então, do estômato para a célula guarda (que apresenta um espaçamento menor entre a cutícula e a deposição de cera). Ao alcançar esse vão da cutícula, o fertilizante então chegará ao apoplasto e, dele, para o simpasto. A partir daí, é “irrigado” para as demais células da planta, cumprindo seu objetivo.
Por ser uma adubação que ocorre diretamente no “corpo” da planta, o uso de fertilizantes foliares não é recomendado para resolver problemas pontuais de fertilidade do solo.
De fato, existem alguns tipos de adubações foliares, organizados de acordo com os objetivos que alcançam. São eles:
Este tipo de fertilizante foliar consiste na utilização de um ou mais nutrientes com a finalidade básica de prevenir a baixa na produtividade. Uma situação corriqueira seria esse tipo de pulverização agrícola em regiões de frio intenso: com uma maior concentração de sais na seiva, o ponto de congelamento da planta diminui. Outra utilização seria a reposição de sais que eventualmente estejam faltando no solo e que são fundamentais para a produtividade.
É recomendada para grandes culturas que precisam manter a produtividade e não carecem de nutrientes, funcionando apenas como, literalmente, um estimulante. Esse fertilizante foliar usa, normalmente, uma fórmula de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). A proporção desses nutrientes deve variar de acordo com o tipo de cultura em questão.
Altamente recomendado quando se comprove a total carência de uma substância em específico. Nesse sentido, usar o fertilizante foliar agiliza o processo pela rápida absorção dos componentes pela planta. Ainda assim, é preciso que exista um estudo que comprove exatamente qual a necessidade da cultura no momento.
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De modo amplo, é a substituição da adubação convencional pela foliar no caso de fertilizantes compostos por micronutrientes - isto é, boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco. É preciso calcular a quantidade de fertilizante.
Em linhas gerais, é a adubação convencional sendo complementada pela foliar. Existem diversas combinações a depender da cultura e da necessidade produtivas, embora seja comum que a adubação com fertilizantes compostos por macrocomponentes seja feita de forma tradicional, enquanto a de micronutrientes, por meio de adubação foliar.
Este tipo de adubação é recomendado em plantações cujo solo estejam ricos em nutrientes e os grãos, em fase de enchimento. O uso de fertilizantes foliares nessa etapa da produção mantém as folhas ativas por muito mais tempo, uma vez que os grãos em fase de enchimento são os principais drenos de fotoassimilados.
A pulverização agrícola de fertilizantes foliares deve ser feita seguindo alguns parâmetros. O principal deles - e isso vale para qualquer tipo de adubação - é entender a real necessidade e tipo da cultura.
Em seguida, é recomendado que você considere os seguintes tópicos na hora de manter tanto a fertilização em si quanto sua pulverizadora agrícola em dia:
A dosagem correta de um fertilizante foliar é medido, geralmente, em gramas ou litros por hectare. Sua medida varia conforme a cultura, e deve ser calculado por um profissional da área de acordo com as informações do rótulo do fertilizante em si.
Os bicos, ou pontas de pulverização, são as peças mais importantes do pulverizador. Por meio dele, controla-se o tamanho das gotículas e a pressão, o que influi diretamente na eficiência do processo.
O fertilizante foliar, que pode ser vendido em líquido ou em pó, é, normalmente, diluído em água ou calda. O volume de aplicação diz respeito a essa proporção, que varia conforme a pressão, o objetivo da pulverização agrícola, o bico utilizado na pulverizadora, etc.
Na adubação foliar, a deriva é a quantidade de fertilizante que não chega às plantas. Em outras palavras, é a curva que o produto faz ao ser levado pelo vento. Por isso, como veremos a seguir, é preciso estar atento às condições climáticas.
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A cobertura é, como o nome sugere, a quantidade de gotículas que a planta irá receber. Para isso, é preciso realizar um estudo sobre o tipo de plantas e sua densidade de estômatos - além, naturalmente, do tamanho das gotas, do tipo de fertilizante foliar utilizado e o objetivo da pulverização.
O clima é um aspecto fundamental no momento da adubação foliar. Quanto menor o tamanho das gotas pulverizadas, por exemplo, menor deve ser o vento no momento da aplicação. Já em relação à temperatura, a pulverização foliar pode sofrer interferências em climas acima de 30ºC e com umidade relativa abaixo de 50%.
É claro que caso as condições climáticas não estejam totalmente favoráveis, é possível regular o tamanho das gotas ou a pressão do bico da pulverizadora para compensar o clima - desde que a cultura aceite essas mudanças.
O tamanho das gotas podem ser calculados (em micrômetros) de acordo com o bico utilizado na pulverização. Eles possuem direta relação com a absorção do produto pela planta. Deve-se levar em consideração, além do objetivo da adubação, as condições climáticas e o tipo de cultura.
Se você chegou até aqui, já deve ter percebido que, apesar de exigir vários cuidados (como qualquer outro tipo de adubação), a pulverização agrícola é extremamente útil para a produtividade da sua cultura, possibilitando:
É claro que o uso de uma pulverizadora de qualidade também é fundamental para o sucesso da sua cultura. E é aqui que a Valtra faz toda a diferença.
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