5 min | 08/03/2023 | Matéria
Escola de Formação em Mecânica da Sotreq forma turma 100% feminina
Não é de hoje que as mulheres trabalham com máquinas e tratores na Sotreq. A novidade é que a tradicional Escola de Formação em Mecânica acaba de concluir a capacitação da primeira turma, exclusivamente, composta por elas.
Agora esse grupo começa a trabalhar na manutenção das máquinas e equipamentos operados nas empresas clientes da Sotreq, ou nas próprias filiais. Elas estão animadas e com disposição para colocar em prática tudo que aprenderam no curso e seguirem a carreira que escolheram.
“É uma oportunidade gigantesca, que pretendo aproveitar ao máximo”, assinala Amanda Braz, de 20 anos, natural de Ouro Preto (MG). Antes de passar na seleção para a EFM, ela cursou Mecânica Industrial no Senai, como jovem aprendiz. Ela está designada para trabalhar em uma mineradora, na sua cidade natal, o que permitirá que continue morando com a mãe e duas irmãs, que trabalham no comércio. “Em casa eu sou a diferentona”, conta.
O grupo é bem dedicado, na visão de João Pataca, consultor de treinamento técnico da Sotreq, responsável por garantir a qualidade dos cursos oferecidos pela EFM. “A gente observa que as alunas têm uma disciplina – exigida pela Caterpillar – de seguir a literatura, para que sempre façamos a manutenção seguindo os preceitos da fabricante”, descreve.
A Sotreq já contrata mulheres para as funções de mecânica, mas esta é a primeira turma de capacitação, exclusivamente, formada por elas. A ideia partiu da direção e teve apoio nas unidades regionais, responsáveis pela demanda por mão-de-obra. As turmas que entram por meio da Escola de Formação chegam aos novos locais de trabalho na condição de "aprendizes", ponto inicial para a progressão de carreira.
Desde criança, Fernanda Santos gosta de consertar coisas. Começou na elétrica automotiva, fez curso de manutenção de ar-condicionados industriais e resolveu deixar um emprego como lubrificadora industrial para cursar a EFM e integrar a equipe da Sotreq. Ela irá trabalhar em Uberlândia (MG), onde reside, atendendo a clientes no segmento de construção pesada.
Todo preconceito que sofreu por buscar ocupações, antigamente, consideradas ‘masculinas’ sempre lhe serviu de estímulo. “Essas observações machistas de que ‘mulher não serve para trabalho pesado’ funcionam como um gatilho para eu mostrar que sou capaz, que mereço, que tenho força e inteligência para estar neste ambiente”, afirma. “Gostei da proposta da contratação dessa turma de mulheres, e por isso vim para a Sotreq, onde pretendo crescer e me especializar em algumas máquinas – gosto muito dos tratores de esteira.”
Para Luana Galdino, a chegada à Sotreq foi quase uma surpresa. Ela havia deixado seu currículo em um banco de dados, e recebeu um chamado dos recrutadores. Havia cursado Aprendizagem Mecânica no Senai, mas não procurava nada nessa área. “Do nada veio um convite. Achei a proposta muito boa, superei o medo inicial, porque mecânica de máquinas é bem diferente do que eu conhecia, e estou adorando.” Luana também trabalhará perto da família, na região de Mariana (MG).
Ainda não estão abertas novas turmas da EFM, pois o planejamento com as demandas das unidades é feito anualmente. Mas considerando os resultados, é bom mais mulheres se prepararem. “A dedicação e a seriedade delas é um exemplo para todos. Com essa primeira turma de mulheres, acredito que abrimos a porteira”, observa Pataca.
Tenho o desejo genuíno de contribuir para o crescimento e sucesso da Sotreq, aproveitando minhas habilidades para agregar valor. Ficarei muito feliz com a possibilidade de integrar a equipe da Sotreq. Uma empresa que admiro por sua excelência e inovação.