10 min | 08/09/2020 | Matéria
O Personagem ELO deste mês conta a trajetória na Soimpex, empresa do Grupo Sotreq
Um apaixonado pelo trabalho, pelo esporte e pela família. Este é Amarildo de Jesus Souza, recepcionista físico da Soimpex, empresa do Grupo Sotreq, corredor amador, marido de Maria Fabiana, pai da Lara e filho da dona Raimunda, que ensinou pelo exemplo do esforço para criar, sozinha, oito filhos. Natural de Vitória, reside atualmente em Vila Velha, no Espírito Santo, onde se dedica para desempenhar com eficiência suas funções na área de logística.
Amarildo é o “Personagem ELO” deste mês – um espaço na ELO News que mostra o perfil de alguns dos muitos colaboradores que fazem o sucesso do Grupo Sotreq. Na entrevista que segue, o profissional da Soimpex, de 47 anos, conta sobre sua carreira, a influência da corrida no bom rendimento no trabalho e, claro, sobre a vida em família.
ELO – Qual é a sua formação e porque escolheu essa profissão?
Amarildo - Tenho curso técnico em contabilidade e sou formado em logística pela faculdade Estácio de Sá. A escolha por essa profissão se deu pelas oportunidades e o amor pela área de logística.
ELO – Descreva, por favor, suas atividades no dia a dia do trabalho.
Amarildo - Atualmente, atuo como recepcionista físico e sou responsável pela logística da Soimpex, na qual as atribuições do meu cargo vão desde o recebimento e controle de estoque de clientes a entrega com qualidade
ELO – Como foi o seu ingresso no Grupo Sotreq/Soimpex? Conte sobre a sua trajetória na empresa desde então.
Amarildo - Minha trajetória no grupo Sotreq começou quando eu tinha 15 anos, em 05/12/1988, pelo programa Bom Menino. Na época, trabalhava meio período operando Telex e outras atribuições. Permaneci até 1991. Após esse período, com a maioridade, em 03/02/1992, tive a oportunidade de retornar como auxiliar de almoxarifado, posição na qual permaneci até 16/04/1996. Fiquei triste com a saída na época, mas, graças a Deus, veio uma nova oportunidade e dois meses depois - em 17/06/1996 - retornei como auxiliar de almoxarifado. Com muita dedicação, consegui ser classificado como almoxarife e isso me deixou muito contente. Depois dessa excelente e feliz passagem pelo almoxarifado, em 2009 apareceu uma oportunidade e fui exercer a função de recepcionista físico. Em 2012, com a abertura de centro logístico e ampliação para clientes de fora do Grupo, recebi o convite para fazer parte da equipe Soimpex.
ELO – O que é necessário para ser um excelente profissional?
Amarildo - Paixão pelo que faz, vontade de aprender e, principalmente, humildade.
ELO – O que inspira o seu trabalho?
Amarildo - Amar o que faço e contribuir com as pessoas para que sejamos todos melhores.
ELO – Quais foram os maiores desafios e as maiores realizações que você viveu na empresa?
Amarildo - Acredito que, agora, o desafio não só para mim, mas para todos, com essa pandemia e com grande parte da empresa em home office. Mas, graças a Deus, estamos todos nos adaptando a essa nova realidade e realização, sem dúvida, é fazer parte dessa família maravilhosa.
ELO – E como você tem atravessado esse período de pandemia, tanto em casa como no trabalho?
Amarildo - No início não foi fácil, com a necessidade de distanciamento social para conter a contaminação. Mas tive que me adaptar, usar máscara sempre e levar o frasco de álcool em gel no bolso. A primeira coisa que faço quando chego na minha sala para trabalhar é arrumar o meu espaço. Em casa, procuro sempre, antes de entrar, tirar a roupa e higienizar os pertences pessoais. Graças a Deus está dando certo.
ELO – Poderia compartilhar uma das muitas histórias marcantes que viveu nesses anos de trabalho na Soimpex?
Amarildo - Nossa primeira peação de equipamento no contêiner, mesmo com treinamento, era tudo novo para a equipe e a gente ficava meio receoso. Afinal, era a primeira vez. Mas com o empenho da equipe, que é maravilhosa, tudo correu bem. Daí por diante foi só alegria (risos).
Só esclarecendo, peação é a amarração da carga que é feita depois de estufada. Na verdade, a forma correta de dizer o que fazemos não é peação, mas estufagem de equipamento no contêiner. Ou seja, acondicionar de forma especial a carga no contêiner, otimizando ao máximo os espaços. Se o equipamento for de grande porte, nós desmontamos antes e utilizamos madeiras e cintas para que a amarração seja feita com qualidade e segurança, para que não balance quando estiver dentro do navio e cheguem em perfeito estado até o destino final.
ELO – Como você se vê na empresa daqui a 5 anos?
Amarildo - Eu me vejo sendo referência na área de logística.
ELO – Quando não está trabalhando, o que gosta de fazer?
Amarildo - Gosto de ficar em casa com a família, com minha esposa Maria Fabiana e a filha Lara. E, de vez em quando, me reunir com amigos para uma boa conversa. E não pode faltar aquela corridinha, que sou viciado e faz um bem enorme para a saúde.
Comecei a correr aos 30 anos, com incentivo do meu irmão, que já praticava o esporte. Ele sempre me chamava e eu sempre dizia: ‘hoje não, deixa para manhã’. Eu sempre inventava uma desculpa até que um dia, de tanto ele insistir, fui. E não parei mais. Hoje, quem chama ele para correr sou eu (risos). Corro sempre pela manhã, às 5h, quatro vezes por semana. São 10 km por sessão, intercalando com academia, pois para ter um bom condicionamento é muito importante fortalecer a musculatura para evitar contusão.
ELO – Você participa de competições?
Amarildo - Sim. As principais provas que disputei são capixabas, entre elas eu destaco a Dez Milhas Garoto. É a corrida mais charmosa do nosso estado, com uma bela vista da terceira ponte, como o Convento da Penha, um dos mais importantes monumentos históricos e religiosos do Espírito Santo. Temos também uma visão linda do Morro do Moreno e da baía de Vitória. Também já participei da Meia Maratona do Espírito Santo e da Maratona do Espírito Santo. Ainda pretendo correr a Volta das Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
ELO – Ser um esportista ajuda no seu dia a dia de trabalho?
Amarildo - Sim, demais. Você chega mais disposto no trabalho, aumenta sua produtividade, melhora o humor e, principalmente, a memória. Enfim, não tem coisa melhor que ser um esportista.
ELO – Qual é o lugar mais interessante que você conheceu e qual ainda pretende conhecer?
Amarildo - O lugar mais interessante foi Parati. E ainda pretendo conhecer Fortaleza.
ELO – O que não pode faltar na sua geladeira?
Amarildo - Carne para churrasco e uma cerveja bem gelada (risos).
ELO – Que tipo de música, cantor/cantora ou banda mais gosta?
Amarildo - Gosto de vários ritmos: pagode, sertanejo, música eletrônica, flash back. Acho que gosto de tudo.
ELO – Gosta de filmes e séries? Cite seus favoritos.
Amarildo - Sim, gosto de filmes. O meu favorito é Papillon, mas gosto de outros, como 300: A ascensão de um império; Coração Valente; Mad Max. O Resgate do Soldado Ryan... são muitos.
ELO – Quem são seus ídolos ou pessoas que você mais admira?
Amarildo - Meus pais, por me colocarem no mundo. Perdi meu pai muito cedo e minha mãe, sozinha e diante de muita dificuldade, mas com bons exemplos, me criou, juntamente com meus irmãos. Graças a ela, estou aqui neste momento compartilhando todas essas alegrias com todos.
Dona Raimunda, mulher guerreira de família humilde. Religiosa, com pouco estudo, mas com muita sabedoria da vida e muita fibra, nos guiou com conselhos e incentivos. Sempre ajudou o próximo, na medida do possível, e nos criou sozinha, lavando e passando roupa para fora. Enfrentou muitas dificuldades, mas nunca deixou faltar em casa. Saía cedo para fazer faxina, às vezes sem se alimentar para não deixar faltar comida para os oito filhos. Sei que não foi fácil, mas ela conseguiu vencer com muita luta. Hoje, estou aqui, tendo a oportunidade de contar, com muito orgulho, que o esforço dela valeu demais para nossas vidas. Obrigado, minha mãe!
ELO – O mundo seria melhor se...
Amarildo - Se não houvesse violência