3 min | 09/10/2025 | Matéria
Conhecer Santiago é mergulhar em um universo onde a paixão por máquinas é o fio condutor de tudo. Desde pequeno, ele se encantou com "coisas que rodam".
Um interesse que evoluiu de carrinhos para motos, e então para tratores e caminhões. A mãe de Santiago, Stephanie, conta que a vida dele parou ali, quando descobriu as máquinas gigantes. Ele entrou em estado de encantamento.
Sua mente é um mapa de emoções e memórias atreladas aos seus hiperfocos. Ele tem uma habilidade impressionante de geolocalização, lembrando-se de lugares de acordo com os maquinários que encontrou neles. "Mãe, a gente pode voltar naquele lugar que tinha um elevador de maquinários?" é uma pergunta comum em seu dia a dia, transformando até mesmo uma visita à Bienal do Livro em uma caça aos tesouros mecânicos.
Santiago é um garotinho de três anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que vê o mundo por lentes únicas, cheias de detalhes, regras e conexões surpreendentes. E sua história cruzou com a da Sotreq graças ao amor e à criatividade de sua mãe, Stephanie, também autista, professora, entusiasta de design e dona de uma sensibilidade ímpar.
Ao perguntar a Santiago o que ele queria para seu aniversário de três anos, a resposta foi certeira: morango e... trator. Stephanie criou então um bolo de "canteiro de obras" com areia de paçoca e um guindaste, e até uma maquete da história dos Três Porquinhos em construção, feita com a ajuda da filha mais velha. No meio de toda essa criatividade, a mãe sonhadora imaginou um trator de verdade na festa. Contudo, ao tentar alugar um, Stephanie descobriu que as empresas não alugavam por um dia.
A história de Stephanie, de uma mãe que move montanhas – e máquinas – pela felicidade do seu filho, sensibilizou alguém na Sotreq. A ação iniciou com Douglas Cardoso, Assistente de Máquinas, que entrou em contato e, mesmo sem poder enviar uma máquina, fez um convite especial: visitar a filial da Sotreq no Rio de Janeiro.
Ao receber o contato de Stephanie pelo canal de atendimento de aluguel, Douglas percebeu o carinho por trás do pedido e mobilizou colegas para criar uma experiência especial para Santiago.
Junto à vendedora de máquinas Thais Oliveira e à supervisora de marketing Carolina Leite, o time organizou uma visita à filial, onde Santiago e sua família puderam conhecer de perto as miniescavadeiras e outras máquinas impressionantes.
“Foi emocionante ver a alegria do Santiago. Criamos um momento único para ele e sua família, e isso fez tudo valer a pena”, conta Douglas.
A preparação para a visita foi intensa. Stephanie, ciente de que Santiago não fala com desconhecidos, conversou com ele para que se sentisse confortável e à vontade. Afinal, "para ele, aquilo é muito importante. É imponente", conta a mãe.
E o que se viu foi magia. Santiago, que antes tinha receio de chegar muito perto de tratores, se soltou completamente. Ele interagiu com as máquinas e sua alegria era palpável. "Ele sabia que aquilo era para ele. Cada gesto do rosto dele me dizia. Foi emocionante ", lembra Stephanie. O amor de uma mãe, sensível a cada gesto e expressão, transformou a visita em uma experiência ainda mais emocionante. "Quando uma empresa escolhe se sensibilizar dessa forma com uma criança, eu acho que tem muita beleza aí. Tem muito humano nisso", completa.
E a visita, acompanhada por Thais Oliveira, Representante de Vendas, não foi marcante apenas para Santiago e Stephanie. O marido de Stephanie, que antes cético quanto à visita, agradeceu à esposa por ter proporcionado a experiência ao filho. O sogro de Stephanie, que também os acompanhou e reviveu a infância. E, para completar, descobriu-se uma conexão inesperada: seu pai e seu tio, bisavô e tio-bisavô de Santiago, foram mecânicos na Sotreq por muitos anos.
A ação da Sotreq não apenas proporcionou um dia feliz a Santiago, mas também tocou profundamente quem assistiu de perto. Essa é uma prova de que a empatia e a sensibilidade transformam vidas.
E o que a empresa ganha com isso? A Sotreq ganha o sorriso do Santiago, ao admirar o que pode ter se tornado comum – uma máquina Cat. Ganhou também a gratidão de uma mãe e a admiração de um pai. E, mais do que isso, reforça o valor de uma empresa que investe nas pessoas, como sua escola de formação de mecânicos e projetos incentivado pelo iSSO (Instituto Social Sotreq), e cria laços que duram gerações.
A história de Santiago e Stephanie revela a beleza de enxergar o mundo por lentes únicas e sensíveis. E embora o autismo seja uma condição complexa, cheia de nuances, há muitas formas de compreendê-lo com mais profundidade e respeito. Para quem deseja entender melhor o Transtorno do Espectro Autista (TEA), recomendamos a leitura de conteúdos produzidos por instituições especializadas, como o Ministério da Saúde, o Instituto PENSI – Autismo e Realidade e a Linha de Cuidado para o TEA. Afinal, compreender é também uma forma de acolher — e histórias como a de Santiago nos lembram que há muito valor em olhar cm mais cuidado para o outro.