A estrada do futuro absorve água, luz solar e pode trocar asfalto por plástico

6 min | 28/10/2019 | Matéria

A estrada do futuro absorve água, luz solar e pode trocar asfalto por plástico

Projetos usam tecnologia e novos materiais para garantir qualidade e segurança na pavimentação de rodovias, ruas e estacionamentos

Em clássicos de ficção científica, os carros deixariam de rodar no chão e ganhariam os céus no século 21. Apesar do avanço dos drones de grande porte, ainda vai longe o dia em que o homem vai trafegar por aerovias. A realidade está mais perto do chão, com avanços que apontam na direção do chamado pavimento do futuro. Estudos e testes desenvolvem produtos capazes de absorver líquidos, armazenar energia solar e economizar parte da eletricidade gasta com iluminação em rodovias de pouco movimento, além de novos componentes para ruas e estradas, como plástico reciclado.

Segundo informações publicadas em diversos veículos de informação, como a revista especializada Quatro Rodas, empresas e organizações na Europa e nos Estados Unidos desenvolvem meios para criar estradas, ruas e áreas de estacionamento inteligentes. O Brasil também está na rota da inovação. A solução para a absorção de água já é realidade no país, mas ainda precisa ser aprimorada para grande escala e sustentação em vias de rodagem sujeitas a grandes impactos. Quando for implantada regularmente, tenderá a resolver problemas como alagamento, aquaplanagem dos veículos e deterioração por meio de erosão.

O asfalto poroso já está disponível no Brasil. Soluções de piso e concreto drenantes começam a ganhar espaço como solução para o reuso da água e a prevenção de enchentes. Contudo, ainda está restrito à pavimentação de calçadas. Formado por uma composição de agregados como pedras naturais, cascalhos e seixos, em conjunto com poliuretano, tem capacidade para absorver até 4 mil litros de água por minuto, segundo fabricantes. Contudo, o produto conhecido como stone carpet (tapete de pedra) não aguenta o tráfego pesado, sendo indicado para a circulação de pessoas e bicicletas. Na Inglaterra, um estacionamento experimental serve de teste para produtos que poderão ser usados em ruas e estradas.

Asfalto esquenta. E muito. Por que não aproveitar o alto poder de absorção dos raios solares para armazenar e reverter energia para as rodovias? Desenvolvida na Europa e nos Estados Unidos, a ideia é usar grandes placas fotovoltaicas para garantir o funcionamento de iluminação, sinalização interativa por leds e derretimento de gelo nos locais mais frios. O potencial vai além. Pode chegar ao ponto de carregar carros elétricos. Enquanto se movimentam em uma faixa exclusiva de rolamento, receberiam energia por indução. A empresa Solar Roadway, localizada no estado americano de Idaho, arrecadou US$ 1 milhão em crowdfunding para montar o primeiro estacionamento-protótipo com pisos solares.

A energia solar pode alimentar também novas tecnologias com capacidade de reforçar o conceito de vias inteligentes. Uma delas é a iluminação sob demanda, na qual sensores no pavimento podem acender as sinalizações da pista somente quando o carro passa. Trata-se de uma maneira de evitar o desperdício de energia com postes de luz em estradas de pouco movimento noturno. Também existem testes com tinta fotoluminescente na Holanda. O material absorve a luz durante o dia e faz as faixas divisórias de pistas brilharem no escuro.

Também da Holanda vem outra iniciativa ousada e inovadora. A ideia é substituir o asfalto por plástico reciclado. O projeto PlasticRoad nasceu de um consórcio entre as holandesas KWS e Wavin com a gigante francesa do petróleo Total, com a proposta de construir vias tecnológicas. De acordo com o conceito, placas pré-moldadas terão espaços inferiores destinados à passagem de cabos e tubulações. Segundo a empresa, um protótipo em formato de ciclovia deverá entrar em funcionamento em breve na Holanda. Se funcionar, será uma ação altamente sustentável, já que o plástico usado pode ser retirado do lixo descartado na natureza, como nos oceanos, lagos e rios.

Para implementar projetos visando as estradas do futuro, serão necessários equipamentos preparados para atuar em um cenário de evolução constante. A Sotreq, maior revendedora de máquinas, peças e soluções Cat® do Brasil, está preparada para ocupar seu papel de protagonista quando o momento chegar. “A Caterpillar investe milhões de dólares anuais em novas tecnologias para que os usuários de máquinas Cat tenham o melhor retorno sobre o investimento. A Sotreq, sempre alinhada com as necessidades de seus clientes, entende que antes de oferecer as tecnologias de compactação, por exemplo, deve assegurar-se de que façam o uso correto e eficiente do equipamento. Garantimos isso por meio de pessoal qualificado em mais de 50 filiais espalhadas pelo Brasil, o que cobre cerca de 90% do território nacional. A tecnologia que ofertamos pode sair de fábrica junto com a máquina ou ser instalada na frota através da SITECH, que é uma das empresas do Grupo Sotreq”, explica Ismael Eduardo Correa, Consultor de Desenvolvimento de Mercados do Grupo Sotreq.

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