Projeto de monitoramento de vias leva padrão máximo de excelência para produtividade de minas

Sistema desenvolvido em 2020, em parceria com a Mineração Usiminas e Cascadia Scientific, segue em andamento e busca nível um de criticidade

Sistema desenvolvido em 2020, em parceria com a Mineração Usiminas e Cascadia Scientific, segue em andamento e busca nível um de criticidade

O sistema de transportes na mineração é um ponto crítico e fundamental no processo de produção. Com baixo desempenho, uma estrada pode afetar a produtividade e os custos da mina. Pensando nisso e no padrão máximo de excelência, a Sotreq, em parceria com a Mineração Usiminas e Cascadia Scientific, desenvolveu, em 2020, o projeto de monitoramento de vias. O projeto continua em andamento, mas já apresenta nível de criticidade dois e, por três meses, nenhum alarme de Requisitos de Atividades Críticas (RAC) foi acionado.

Segundo o engenheiro de performance da Sotreq, Maxuel Teixeira, o Monitoramento da Qualidade das Vias por Meio da Utilização de Tecnologias do Caminhão Cat (Road Analysis Control) e Telemetria obtiveram resultados promissores.

"Além da drástica redução dos danos por cortes e aumento da vida útil dos pneus, o projeto apresentou melhorias no consumo de combustível, aumento de velocidade nos ciclos de transporte e consequente diminuição no tempo do ciclo. Além disso, houve aumento na produção dos caminhões, uma vez que o tempo de ciclo diminui e o caminhão realiza mais ciclos diários", explicou.

Entre outros ganhos, a equipe observou ainda a diminuição de manutenção corretiva em componentes das suspensões, redução de ocorrências de trincas no chassi e maior conforto operacional.

Teixeira destacou que o projeto conquistou um marco recorde durante o processo: nenhuma suspensão substituída na frota de caminhões em operação no cliente. "É algo raro, que não é visto nas muitas áreas de operação deste mesmo equipamento", avaliou.

Para a Mineração Usiminas, a sinergia com a Sotreq e a Cascadia Scientific foi o grande destaque e se tornou essencial para o sucesso deste projeto. “Em uma operação de transporte com caminhões fora de estrada, o perfil e as condições das vias podem intensificar o consumo de diesel e gerar desgaste prematuro dos componentes. Com o projeto foi possível verificar e acompanhar as reais condições em nossas operações. E foi gratificante observar os resultados diretos das melhorias realizadas em nossa mina com o apoio e acompanhamento das ferramentas implementadas”, salientou a empresa.

A Cascadia também evidenciou a importância da análise dos ganhos obtidos no segmento de via por meios das manutenções realizadas. “Os dados provenientes de telemetria têm a capacidade de precisamente informar os impactos obtidos pelos reparos e benfeitorias. Podendo assim, além de monitorar trechos de alta torção, é possível identificar e quantificar trechos com alto consumo de combustível, com perda velocidade, com altas vibrações, e dentre outros parâmetros que também deverão ser considerados para a avaliação das condições das vias de tráfego”, enfatizou.

Para o futuro, a equipe que desenvolveu o Monitoramento da Qualidade das Vias por Meio da Utilização de Tecnologias do Caminhão Cat (Road Analysis Control) e Telemetria espera atingir nível um de criticidade e padrão máximo de excelência.

Como funciona

O RAC, projeto que teve início em julho de 2020, analisa as variações de pressões das suspensões causadas pelo impacto. Quando elevadas acima do desejado, é gerado um código de evento. Enquanto isso, a criticidade é avaliada através da sensibilidade do sistema e é classificada em três níveis, onde uma pista nível 3 é o pior cenário possível, e uma pista de nível 1, o melhor.

Com data e hora do código em mãos, é possível identificar a geolocalização e corrigir a pista com mais agilidade e precisão.