3 min | 15/03/2022 | Matéria
Confiável, econômico, flexível e sustentável são alguns dos atributos do método CTL
A colheita florestal, assim como várias outras áreas do campo, evoluiu com a inclusão da tecnologia. O método tradicional, de cortar a árvore inteira, cede cada vez mais espaço para o sistema Cut To Length, ou simplesmente CTL, conhecido como o “método de toras curtas”. As vantagens são tantas que ele já responde por dois terços da colheita mecanizada no planeta.
O CTL é líder mundial de colheita de madeiras para uso industrial porque os benefícios são muitos. O método obtido pelas máquinas CTL é confiável, econômico, flexível e sustentável. A Ponsse, fabricante dos harvesters e dos forwarders utilizados no processo, define o Cut-To-Length como “O futuro da floresta”.
No momento do corte, o sistema mede e determina, instantaneamente, qual é o melhor uso daquela madeira. Assim, a matéria-prima já sai da floresta para atender com precisão os vários segmentos da indústria, como a de papel e celulose, serraria e biomassa. Os cortes são feitos sob medida para cada finalidade.
- Simples e eficiente: A árvore é tocada apenas duas vezes, no corte e no transporte, pelos dois únicos equipamentos utilizados no processo, o harvester e o forwarder. O ritmo de trabalho de um acompanha o do outro. Ou seja, as etapas do processo são reduzidas.
- Sistema de colheita confiável: Com o CTL quase não há inatividade das máquinas. O trabalho é contínuo e com paradas mínimas, se comparado ao corte da árvore inteira (full tree).
- Eficiente no custo total da colheita: Menos máquinas, menos trabalhadores e menor consumo de combustível por m² processado.
- Segurança e satisfação do operador: Cabine protegida, confortável, com boa ergonomia e com grande redução do risco de acidentes.
- Efetivo e sustentável para a floresta: Máquinas mais leves, com menos compactação do solo. O forwarder passa menos vezes no transporte da madeira, além de ter uma distribuição mais uniforme da carga, agredindo menos o solo. Além disso, deixa os resíduos das florestas pelo caminho, como cascas e pequenos galhos, que servem de nutrientes às novas plantas.
- Rendimento muito alto: Maior aproveitamento e com grande redução do desperdício.
- Flexibilidade: O tamanho do talhão ou a distância de extração interfere menos na produtividade, em relação ao sistema tradicional. Além disso, a mesma máquina consegue trabalhar diferentes produtos, para diferentes fins. São multifuncionais. São flexíveis também em relação às condições do solo e se sobressaem em terrenos mais acidentados.
De origem nórdica, o sistema CTL está em plena expansão no Brasil. A parceria de três empresas tem estabelecido um novo parâmetro na colheita florestal com o sistema CTL: a Caterpillar e a Sotreq, sua principal revendedora, associadas à Ponsse, fornecedora mundial de equipamentos de aplicações florestais.
Além da crescente demanda da indústria de papel e celulose, a preocupação com a agenda ESG faz com que a opção pelo sistema CTL seja irreversível entre as gigantes do setor florestal brasileiro.